segunda-feira, 22 de junho de 2009

CORONEL GILMAR

Nascido no dia 30 de dezembro de 1955 na cidade de Diamantino o atual presidente do STF ministro Gilmar Mendes é a parte mais visível de uma oligarquia do Mato Grosso. O presidente trabalhou ostensivamente nas campanhas de 2000 e 2004 para eleger e manter seu irmão, Francisco Mendes, na prefeitura de Diamantino.
Nas eleições municipais de outubro de 2008, o candidato Juviano Lincoln, apoiado pelos Mendes, foi derrotado por Erival Capistrano, por pouco mais de 400 votos, pondo fim a hegemonia da família na cidade.
Porém, durante o mês de março de 2009 a justiça eleitoral acatou uma representação feita pela coligação de Lincoln, acusando o prefeito de receber uma doação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a partir de um recibo com assinatura falsificada.
Surpreendente mesmo foi a forma e a velocidade do processo judicial, coisa muito rara no judiciário brasileiro. No início de fevereiro de 2009, antes do carnaval, o juiz Luiz Fernando Kirche foi transferido de outro município, Tangará da Serra, para assumir a vara eleitoral em Diamantino. No dia 31 de março, logo depois de cassar Capistrano, o magistrado saiu de férias. Em oito anos de mandato, o ex-prefeito Chico Mendes sofreu cerca de 30 ações por conta de irregularidades administrativas, mas nunca foi incomodado pela Justiça. O presidente Gilmar esteve na cidade quatro dias antes da cassação do prefeito eleito.
Alguma surpresa? Contudo, o prefeito cassado de Diamantino, Erival Capistrano (PDT), é daqueles que não "desistem nunca". Após o TRE-MT negar pedido de liminar através do qual o pedetista tentava recuperar o mandato, ele interpos um Agravo Regimental em Medida Cautelar e, de novo, não obteve êxito. Trata-se da segunda derrota jurídica de Capistrano junto ao Tribunal Regional Eleitoral. Os juízes-membros do TRE decidiram nesta por unanimidade, acompanhar o relator José Zuquim Nogueira, que negou provimento ao recurso e, assim, mantendo a íntegra de sua decisão liminar que negou efeito suspensivo da sentença de cassação de registro ao prefeito. A intenção de Erival Capistrano era, com o Agravo, aguardar no cargo de prefeito o julgamento do mérito pelo TRE do recurso contra sua cassação. Enquanto continua cassado, o segundo colocado nas urnas Juviano Lincoln (PPS) comanda o município.
Fonte: G1, Revista Veja e Revista Carta Capital.

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